Florística da arborização viária sob rede elétrica: um estudo de caso na Região Sul de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.14295/oh.v24i3.1239Palavras-chave:
Conservação, diversidade, energia elétrica, infraestrutura verde e espécies nativas.Resumo
A arborização urbana viária produz grande ganho na diversidade da flora das cidades, porém as mesmas implantadas de forma inadequada geram transtornos, principalmente se a espécies implantada não for adaptada as redes elétricas de energia. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento qualitativo-quantitativo sobre a arborização urbana por meio da interligação com a rede elétrica nas cinco cidades com maior número de quedas de eletricidade causadas por árvores no sul de Minas Gerais. Ao final do inventario foi totalizado 221 indivíduos, pertencente a 58 espécies, sendo 56% delas exóticas e 44% nativas. Oito espécies perfizeram 51,99% do total das árvores inventariadas, sendo elas: Jacarandá mimosifolia, Platanus acerifolia, Murraya paniculata, Lagerstroemia indica, Schinus molle, Ficus benjamina, Bauhinia variegata e Poincianella pluviosa. Somente as espécies Schinus molle e Poincianella pluviosa são nativas. Mais da metade das árvores inventariadas apresentaram porte incompatível com a rede elétrica, espécies de grande (55,59%), médio (24,42%) e pequeno (19,99%) porte, para serem implantadas na arborização urbana viária. As ruas selecionadas apresentavam larguras estreitas, porém as calçadas possuíam larguras ideais para a implantação de arborização. A destopa foi realizada em 20% dos indivíduos avaliados, uma prática muito utilizada devido a presença de espécies com grande porte. As espécies avaliadas no inventario apresentavam altura variando de 2 a 6 metros, não chegando ao seu potencial máximo, quando pertencente a espécies de médio e grande porte. Para as cidades estudadas recomenda-se uma nova avaliação da arborização urbana, buscando identificar os padrões adequados ao meio urbano.