Análises morfo-histológicas da embriogênese somática em açaizeiro (Euterpe oleraceae Mart.)

Autores

  • Paulo Cesar Poeta Fermino Jr.
  • Ricardo Alexandre
  • Simone Maciel
  • Rodrigo Guedes
  • Jonny Everson Scherwinski Pereira

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1558

Palavras-chave:

Euterpe oleraceae, Arecaceae, histologia, embriogênese somática.

Resumo

O açaizeiro (Euterpe oleracea Mart.) é uma palmeira típica do estuário amazônico, encontrada em populações homogêneas nas matas de terra firme (Jardim et al., 1995). Das espécies frutíferas nativas com potencial mercadológico de ocorrência na Amazônia, o açaí se destaca pela grande produção de frutos, palmito e celulose. 
A despeito de seu potencial, a utilização de técnicas de propagação ineficientes e a ausência de material geneticamente melhorado têm contribuído negativamente para a exploração racional e econômica dessa espécie (Oliveira, 1999). 
A propagação in vitro constitui-se numa importante técnica para plantas com grande dificuldade de multiplicação vegetativa, como ocorre com Euterpe oleraceae Mart. A propagação in vitro via embriogênese somática oferece um grande potencial para a multiplicação clonal, onde uma célula isolada pode ser induzida a produzir primeiramente um embrião e então uma planta completa (Rout et al., 1999; Guedes et al., 2006).
O desenvolvimento vegetal é o resultado de um intrincado controle hormonal múltiplo espacial e temporal, o qual é oriundo da regulação e expressão de múltiplos sistemas gênicos (Barendse & Peeters, 1995). O mesmo autor ainda salienta que a variação no número de receptores e sua distribuição, durante o desenvolvimento, podem alterar a sensibilidade das células aos hormônios ou outros sinais. A multiplicação por embriogênese somática ocorre pelo desenvolvimento de estádios morfológicos característicos, de seqüências similares àquelas observadas no embrião zigótico, e origina uma planta completa (Williams & Maheswaram, 1986). 
As alterações histológicas associadas com a posição e a atividade das células competentes têm sido muito estudadas na embriogênese somática (Cangahuala-Inocente et al., 2004). Maheswaran & Williams (1985) constataram que a embriogênese somática de Trifolium repens L., obtida a partir de embriões zigóticos imaturos, originava-se de células da epiderme do hipocótilo, que proliferavam produzindo embriões somáticos sem uma fase de calo. A iniciação do desenvolvimento da embriogênese somática de Carya illinoinensis (Wagenh) C. Koch induzida por diferentes auxinas, revelou pela análise morfológica e anatômica que as auxinas ANA e 2,4-D induziram acentuada divisão celular na camada subepidérmica dos cotilédones de embriões imaturos (Rodriguez & Wetzstein, 1998). 
Diante do exposto, o trabalho teve por objetivo avaliar aspectos morfo-anatômicos da indução e desenvolvimento de embriões somáticos a partir de embriões zigóticos.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos