Indução de calos em explantes foliares de cagaiteira com 2,4-D e BAP em meio líquido

Autores

  • Cristiano Martinotto
  • Renato Paiva
  • Humberto Dias Souza
  • Tathiana Elisa Masetto
  • Daiane Peixoto Vargas
  • Breno Régis Santos

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1646

Palavras-chave:

Eugenia dysenterica, calogênese, in vitro, escores, Cerrado.

Resumo

A cagaiteira (Eugenia dysenterica DC.), também conhecida como cagaita devido às suas propriedades laxativas, é uma árvore frutífera nativa natural do Cerrado. Possui altura mediana, atingindo de 4 a 10 m, tronco tortuoso e cilíndrico com 20 a 40 cm de diâmetro e uma casca suberosa e fendada bem característica. A cagaiteira apresenta um grande potencial como planta frutífera, destaca-se das demais por apresentar uma produtividade elevada, chegando a 2.000 frutos por árvore.  Sua polpa de sabor doce levemente ácido é excelente para a produção de sorvetes, geléias, doces e licores (Almeida et al., 1987) e os frutos, ainda imaturos, podem ser utilizados como forragem para o gado (Donadio et al., 2002; Ribeiro et al., 1986).
De sua polpa também são obtidos vinagre e álcool (Corrêa, 1984). Apresenta madeira pesada de boa qualidade. Suas folhas apresentam propriedades antidiarréica e utilizadas para problemas do coração. Costa et al. (2000) verificaram elevada atividade antifúngica no óleo hidrolisado de suas folhas. Devido ao seu florescimento abundante é considerada ainda como paisagística (Ribeiro et al., 1994; Gavilanes et al., 1991) e melífera (Brandão & Ferreira, 1991). Quanto a sua propagação por via sexuada, apresenta elevada variabilidade e certo grau de dormência (Rizzini, 1971). Andrade et al. (2003) verificaram que suas sementes apresentam recalcitrância, onde perdiam completamente a viabilidade quando eram dessecadas abaixo de 18 % de teor de água.   
Técnicas de propagação vegetativa massal, como o cultivo in vitro, podem superar problemas de dormência e recalcitrância da espécie, produzindo mudas uniformes de qualidade e em larga escala. Dentre estas técnicas temos a propagação a partir da indução de calos (calogênese). Por meio da calogênese, pode-se obter a propagação massal de espécies que apresentem dificuldade de multiplicação por via sexuada, podendo ser empregada também na produção de metabólitos secundários, sendo ainda essencial em métodos de transformação genética de plantas. Calos são definidos como aglomerados de células parenquimáticas não organizadas, irregularmente diferenciadas, que se multiplicam desordenadamente e se desenvolvem em resposta a injúrias químicas ou físicas. No entanto, os calos podem se diferenciar em tecidos e órgãos (Torres et al., 1998).   
O presente trabalho teve por objetivo a indução de calos de explantes foliares de cagaiteira em meio líquido utilizando BAP e 2,4-D.

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Publicado

2007-06-14

Edição

Seção

Artigos