Capacidade de reidratação de Lilium pumilum Redouté
DOI:
https://doi.org/10.14295/oh.v22i1.823Palavras-chave:
Lírio, estresse hídrico, teor relativo de água, longevidade.Resumo
Dentre as flores ornamentais comercializadas como flor de vaso ou corte destaca-se Lilium pumilum, pertencente à família Liliaceae, a qual se caracteriza por apresentar hastes contendo inflorescências com diversos botões florais, fácil reprodução e coloração variada. A comercialização de flores de corte é uma atividade promissora, entretanto o transporte exige atenção, devido ao estresse hídrico que pode prejudicar a absorção de água e posterior reidratação, originando um balanço hídrico negativo, visto que a taxa de absorção é menor que a taxa de transpiração. Sendo assim, a utilização de técnicas adequadas que possibilitem prolongar a longevidade das flores é necessária. Este trabalho teve como objetivo analisar o efeito do tempo de armazenamento a seco na recuperação da turgescência de L. pumilum. Para a condução do experimento, hastes florais de L. pumilum foram armazenadas a seco por 0, 12, 24, 36 e 48 horas. Ao final de cada período, as inflorescências retornaram à água, sendo analisadas, a cada 6 horas, quanto às alterações no teor relativo de água das tépalas (flor), botão alaranjado e folhas. Diariamente, avaliou-se perda de massa fresca e longevidade. No teor relativo de água da flor observou-se uma queda acentuada durante os períodos de armazenamento a seco, mas com recuperação após seis horas em água, com maior eficiência no tratamento de 48 horas, com recuperação de 86,8% em relação ao controle. Quanto ao teor relativo de água do botão, em todos os tratamentos houve recuperação. Em relação à variação de massa fresca, observou-se alteração de acordo com o período de armazenamento a seco, sendo que apenas as hastes que permaneceram por 12 e 24 horas a seco obtiveram recuperação superior a sua perda de massa fresca inicial, nas primeiras seis horas de hidratação, em 118,7 e 26,01%, respectivamente. A longevidade média das hastes não foi alterada (6,8 dias) por nenhum tratamento. Portanto, independente da duração do armazenamento a seco, houve recuperação da turgescência, indicando que hastes de L. pumilum podem ser transportadas a seco por períodos de até 48 horas.