Remodelação do jardim do entorno do Edificio Sívio Starling Brandão na Universidade Federal de Viçosa - UFV, MG.

Authors

  • Ângela Cristina Oliveira Stringheta
  • Rodrigo Carneiro Carvalho
  • Bruno Oliveira Stringheta
  • Alexandre Dourado Costa

DOI:

https://doi.org/10.14295/oh.v13i0.1724

Keywords:

Paisagismo, plantas ornamentais, áreas verdes.

Abstract

O Edifício Sílvio Starling Brandão abriga hoje os Departamentos de Fitotecnia; Solos; Fitopatologia, e parte do Departamento de Biologia Animal da Universidade Federal de Viçosa-MG.
O desgaste natural e a falta de cuidado com o espaço público em torno do prédio, ao longo dos anos, aliado à expansão do número de cursos e de alunos na UFV resultaram em degradação profunda da área. Estes sinais podiam ser percebidos pelas bicicletas e motos estacionadas ao redor das duas palmeiras arecas (Dypsis lutences) no jardim frontal (em cima do gramado), presença de lixo próximo à rampa principal de acesso, além da manutenção deficiente das diversas plantas arbustivas dispostas em canteiros em formato redondo distribuídos de forma aleatória, semelhante a outros espaços existentes na área central do campus.
Ao mesmo tempo, havia uma grande dificuldade dos usuários, em diferenciar os espaços de circulação dos espaços dos canteiros. Solo exposto, concreto, plantas degradas se confundiam próximo à rampa de acesso ao Prédio.
Durante três semestres consecutivos o edifício foi palco para estudos dos alunos da disciplina de Plantas Ornamentais e Paisagismo do curso de Agronomia. Foram feitos levantamentos florísticos do prédio e de toda a área central do campus da UFV. Através da análise do local e da avaliação dos questionários aplicados ao público, feitas pelos próprios alunos, foram identificados os principais problemas e necessidades dos usuários do prédio. Desta forma, definiu-se a proposta mais adequada e elaborou-se um projeto visando a melhoria estética e funcional da área.
Levando-se em consideração a arquitetura com predomínio de linhas retas e angulosas do prédio e os problemas com a manutenção das áreas ajardinadas, optou-se por: desenhos de canteiros com linhas sinuosas e espécies bem adaptadas à região como a érica e bromélias e outras espécies resistentes como palmeiras e cicas, entre outras.
A vegetação existente foi removida permanecendo apenas o gramado (Paspalum notatum) e as palmeiras laterais do gênero Dypsis e Phoenix.
A nova proposta teve ainda a preocupação de enriquecer a flora do campus com a introdução de várias espécies de palmeiras com preferência àquelas ainda não existentes na área. As espécies foram selecionadas segundo critérios de resistência e baixa manutenção o que resultará na sustentabilidade do projeto, com o cuidado de manter uma linguagem coerente com a arquitetura do prédio e com o tratamento paisagístico do campus. Como a grande parte do jardim frontal possui topografia regular plana, torna possível o reconhecimento de toda a sua área sem barreiras visuais. A nova proposta objetivou preservar essa liberdade visual uma vez que já é característica do local.

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Published

2007-06-14

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