Multiplicação e alongamento in vitro de Eucalyptus benthamii.

Resumo

Dentre as espécies exóticas, as do gênero Eucalyptus demonstram seu potencial como matéria-prima de produtos florestais como celulose e madeira (KHUSPE et al., 1987). Entretanto, nem todas as espécies de Eucalyptus adaptam-se a climas com baixas temperaturas. Neste sentido, destaca-se o E. Benthamii. 
De acordo com Paludzyszyn Filho et al. (2006), este é indicado para plantios em regiões com temperaturas mínimas absolutas de até -10ºC, sob condições de aclimatação prévia por gradual abaixamento de temperatura na estação fria. Sob temperaturas abaixo desse limite, podem ocorrer atrasos no desenvolvimento em altura de plantas, porém são pouco expressivos (2%). Trata-se de uma espécie indicada para clima temperado ainda pouco estudada, porém, com indicações favoráveis de crescimento em países como África do Sul, China e Brasil. Plantios nos municípios paranaenses de Colombo e Guarapuava indicam alta tolerância a geadas e crescimento médio superior ao de E. dunnii. As primeiras observações indicam que a madeira tem maior aptidão para fins energéticos. 
Das técnicas de clonagem, a micropropagação apresenta vantagens como a produção massal de genótipos selecionados, produção de plantas livres de patógenos, preservação de germoplasma in vitro e rejuvenescimento de material adulto (ELDRIDGE et al., 1994; HARTMANN et al., 1997). Com o sucesso no estabelecimento de plantas adultas in vitro, as fases seguintes da micropropagação, proliferação e alongamento, relacionam-se a estudos visando o enraizamento e produção de mudas. 
Este trabalho teve por objetivo testar, a partir de ápices caulinares estabelecidos in vitro, um protocolo de proliferação e alongamento de Eucalyptus benthamii.