Ocorrência e danos causados por Pygiopachymerus lineola (Chevrolat, 1971) (Coleoptera: Chrysomelidae: Bruchinae) em frutos de Cassia fistula L. (Caesalpiniaceae: Caesalpinioideae) em Maceió, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14295/rbho.v20i1.449Palavras-chave:
predadores de sementes, bruquíneos, oviposição.Resumo
Cassia fistula L. (Caesalpiniaceae: Caesalpinioideae) é uma planta ornamental conhecida pelos nomes populares de canafístula, cássia–imperial ou cássia–chuva–de–ouro. Originária da Ásia, também se encontra nos continentes americano e africano, sendo uma das mais utilizadas em projetos de paisagismo, produção de mudas e de arborização urbana no Brasil pela beleza de suas grandes inflorescências pendentes amarelas. Sabe–se que muitas espécies arbóreas têm suas sementes significativamente danificadas por vários grupos de insetos, destacando–se os carunchos (Coleoptera: Chrysomelidae: Bruchinae), que inviabilizam as sementes e consequentemente a produção das mudas. O objetivo deste estudo foi determinar os agentes de controle natural das sementes de C. fistula (predadores de sementes), através da determinação da espécie envolvida na predação, a razão de viabilidade dos ovos e a descrição de alguns aspectos de funções biológicas (alimentação e reprodução). O trabalho foi conduzido no Laboratório de Entomologia, Museu de História Natural, Universidade Federal de Alagoas, Maceió. Foram recolhidas 20 vagens de C. fistula de cada planta em três bairros de Maceió. As vagens estavam completamente desenvolvidas, secas e com ovos em sua superfície. Os insetos foram acondicionados em álcool 70% e identificados em nível de espécie. Na amostra A, 89% das vagens apresentaram indícios de predação; em B, 95%; e em C, 88%. O número de orifícios / vagem nas amostras A, B e C foi respectivamente: 3 a 26, 1 a 19 e 1 a 18. O número de predadores / vagem foi: em A de 10 a 26, em B de 1 a 8, e em C de 2 a 14. Para as três amostras observou–se correlação positiva alta (r > 0,8), revelando que o número de orifícios é muito aproximado ao número de insetos que saem das vagens. Quanto à viabilidade dos ovos verificou–se: em A, 84,2% de vagens com ovos viáveis; em B, 100%; e em C, 83,3%.